Informação é poder?
No âmbito de uma estrutura empresarial, administradores, acionistas, credores, etc., possuem informações e dados diferentes sobre a efetiva situação da empresa, criando assimetrias de informações entre si.
Quanto menor o halo de informações sobre um negócio, maior o risco ao qual o agente está exposto (pois não domina todas as variáveis e não pode mensurar as consequências possíveis de determinados cenários), e isso, obviamente, agrega um custo em oposição à vantagem que a detenção da informação confere à outra parte.
Mesmo numa simples compra e venda de um automóvel usado, podemos observar como a assimetria funciona e impacta valores: o comprador, ao não ter certeza e confiança nas informações disponibilizadas pelo vendedor, procura garantias da integridade do negócio desvalorizando o preço do bem.
Informação nem sempre é poder, respondendo à pergunta inicial. Em um ambiente negocial de livre mercado, a assimetria informacional poderá elevar os custos da transação, seja pela desvalorização dos papéis das companhias, promovendo deságio no seu valor de negociação, seja pela elevação das taxas de juros de crédito, assim por diante.
O estudo da governança corporativa se origina, em grande parte, desses “conflitos de agência” e da assimetria de informações que os potencializa. Para minimizar as desvantagens, tornou-se imperiosa a realização de diligências (“due diligence”) nas áreas mais estratégicas do negócio.